Mais uma vez ela está parada na frente do espelho.
Presa, ela insiste em ser ela mesma, livre, solta e diferente das outras meninas.
Ela finge não saber, mas sabe: ela é igual.
Um beijo no cachorrinho e adeus, lá se vai a menina na cauda do sonho.
É Alice, Branca, Cinderela, Maria, Ariel, Bela e ela mesma. Apenas faltou enredo na sua história e mesmo assim, isso não é problema. Ela se apropria de fatos e originalidade alheia.
Cresce mórbida, movida ao cinza e preto. Sonha morrer aos trinta.
Até já cortou os pulsos com a faca de pão do gaveteiro.
Ela acha bacana. Quem vê estranha, mas acha bacana sem saber.
Vai prá escola com band-aid dos simpsons nos pulsos.
Tudo fará sentido depois de um tempo, quando os amigos casarem e se enquadrarem na rotina tão cotidiada mais que o próprio cotidiano.
Quando fizer sentido, a menina do espelho terá brilho no olhar. Luz própria, quem sabe.
Os amigos observarão o renascimento de algo tão reprimino e ingênuo como o primeiro vôo de um aerodinâmico de papiro.
A menina do espelho incomodará e mesmo assim, vai morrer de rir, aos 30.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
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Um comentário:
frases em diálogos memoráveis regradas a muito vinho, frio e fora de terras tupiniquins:
eu: - quando eu morrer, quero morrer de rir!
monica: - e quando eu morrer, eu quero é morrer de prazer!!!
monica é minha tia, irmã mais velha do meu pai, viajamos juntos para buenos aires e almoçávamos e passeávamos pelas ruas nos perdendo e conversando com todo mundo, a gente tava em casa! foi ótimo, vocês precisam conhecê-la! ela sempre faz uns churras na casa dela, vamos combinar! ;)
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