domingo, 9 de agosto de 2009

ADORNO

Não posso mais adubar.
Penso em acreditar na astrologia ou no meu instinto, na intuição furada que transborda erros nas esquinas do suposto viver.

Posso afirmar que ser sagitariana pode ser um pouco difícil.
Não falo por mim, falo por Clarice, Florbela e Edith. Estas e outras mulheres que passaram pela experiência do ser um abismo de felicidade.

Não apenas um bibelô, um adorno, mas mulheres que ousaram viver e arriscar olhar no espelho onde nada se enxerga.
Passaram para um lado que jamais conseguirão voltar, e não voltaram.
Foram e ninguém percebeu quando.

Quando falo de felicidade, falo de um sentimento ligeiro e intenso quando realmente o ser vive. A felicidade não acontece o tempo todo. É apenas uma falsa sensação de bem estar quando nos sentimos felizes o tempo todo.

É como se fosse um gole d'água em dias intensos de calor.

Está aqui, ainda dentro, a sede e a necessidade de um líquido ou qualquer paleativo que possa atender.
É a potência esquecida, presa num pote enferrujado no quartinho de bagunças.
Resolva e vá entender.

Se não entender, tente adubar.

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