quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

TARIFA

Tudo o que não quero guardo numa caixa.
O tempo passa e vai faltando espaço.
É grave.

É como se fosse um aterro sanitário. Tudo o que você não quer se deita no lixo que, vai embora. Vai embora e satura um lugar que se torna inabitável. Você estragou aquele lugar.

A caixa, física ou não também habita algum lugar da memória, da casa, do lixo espacial que sempre está a rodear nossos ouvidor. As palavras e os pensamentos voltam, assim como o lixo.

Volta e se vinga, afinal, você não resolveu, só escondeu. Jogou fora.

Penso que as nossas soluções para problemas tipicamente humanos possam um dia degradar a própria pele, os próprios filtros na caracteristica de um câncer que acaba aos poucos com você.

Torço para que não haja solução médica para o câncer devendo assim nos honrar de todas as nossas doenças acumuladas. Todas são respostas para o nosso invisível eu a nós mesmos.

Respostas breves, longas, a grafite, a tinta e as vezes com firma reconhecida. Elas apenas mostram alguma realidade profunda ou banal que ainda não queremos ver.

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