quarta-feira, 22 de abril de 2009

DOIS VOANDO

Sempre preferi o 2 voando no lugar do pássaro na mão.
Imaginava os números alados nas aulas de matemática, multiplicando, somando, subtraindo e dividindo sem mistério algum. Somente asas.

Já o pássaro na mão que graça tem?
Aquela cara de coitado, assobio mais triste que fado e todo mole que dá pena.

2 voando!
Voa!
Vá prá casa da moeda, da mãe Joana, da bruxa do João e Maria voe e vá.

O 2 perdia asas porque ele não se alimentava, não bebia e não cantava nada.
Chegaram a dizer que ele era muito pouco, besta, não prestava prá nada.

Prá gangorra o 2 bastava.

domingo, 12 de abril de 2009

MAIS COR

Os desenhos animados são exagerados.
Tanta cor dedicada aos pequenos que em breve deverão despertar para a realidade opaca e com um brilho inconstante de beleza.

Sem tela será possível ver que o enquadramento depende muito mais dos nossos olhos.
Da elipse percebe-se outra limitação ao ver e assim o desejo de enxergar será ativado.

O enxergar não tem janela.
Ver de cima ou de qualquer outro ângulo é pura ilusão.
Não há ângulo ou formato.

A elipse com íris e retina é apenas um processo da cor concreta.
O músculo a ser trabalhado seria diretamente ligado ao cheiro da cor.

Portanto, mais cor estaria relacionada ao enredo que você mesmo traçou com ou sem a ilusão da cor concreta.